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“Precisamos pensar em respostas imediatas para a crise humanitária”

A ONG Anjos da Tia Stellinha, fundada por Stella Moraes, é uma das organizações parceiras na campanha Juntas contra a fome. Com atuação no Morro dos Macacos, ela conta como tem sido a ação com o apoio do Instituto RME   Você deve ter observado o aumento de pedidos de ajuda para comprar comida e […]

Publicado em 5 de maio de 2021

A ONG Anjos da Tia Stellinha, fundada por Stella Moraes, é uma das organizações parceiras na campanha Juntas contra a fome. Com atuação no Morro dos Macacos, ela conta como tem sido a ação com o apoio do Instituto RME

 

Você deve ter observado o aumento de pedidos de ajuda para comprar comida e por empregos. Infelizmente, a realidade, também traduzida em dados oficiais, é devastadora.

 

Desde o início da pandemia, temos recebido relatos dolorosos de empreendedoras que perderam tudo e não conseguiram voltar ao mercado formal de trabalho. Recebemos ainda inúmeros pedidos de mães que não têm com quem deixar seus filhos e, com as escolas fechadas, não conseguem renda, precisando recorrer a organizações sociais.

 

Essas mensagens motivaram o Instituto RME a criar a campanha Juntas contra a fome, que vai arrecadar dinheiro até junho para compra e distribuição de cestas básicas para mulheres por meio de organizações sociais parceiras presentes em várias partes do país.

 

Para cada um real doado, o Instituto RME doará mais um até o limite de R$ 50 mil, com o objetivo de amplificar o impacto. Entre as organizações parceiras está a ONG Anjos da Tia Stellinha, que atua no Morro dos Macacos, na Vila Isabel, no Rio de Janeiro e foi criada para diminuir a desigualdade social por meio do atendimento multidisciplinar a famílias em situação de extrema pobreza. 

 

A organização foi pessoalmente convidada pelo Instituto RME para dar o pontapé inicial da campanha. O Morro dos Macacos é o segundo maior morro do Rio de Janeiro e abriga muitas mulheres que sobrevivem com os seus filhos com uma renda per capita de R$ 50,00, por conta da baixa escolaridade e da falta de oportunidades.

 

Segundo Stella Moraes, fundadora da ONG, a situação é extremamente grave, porque a pandemia fez várias crianças perderem uma de suas principais refeições, que era dada na escola. “Essas mulheres, sem rede de apoio, como parentes, escolas e creches, sem vagas de emprego, não têm mais com quem contar para cuidar dos filhos para irem trabalhar. Isso reflete automaticamente na sua renda e poder de compra.”, explicou Stella.

 

Antes de ingressar na campanha, a Anjos da Tia Stellinha fizeram quatro ações em conjunto com o Instituto RME, levando capacitações do projeto Potência Feminina para 160 mulheres, no total. 

 

Já as 220 cestas básicas compradas com o dinheiro da campanha foram entregues para 50 mulheres que são atendidas pela ONG e as outras 170 para outras que vivem em áreas onde entram coletivos menores. Entre as regiões atendidas estão: Vila Isabel, Engenho Novo, Méier e Engenho de Dentro.

 

Para Stella, a ação é essencial a curto prazo. “Não adianta pensar em ações de impacto social a longo prazo, sem pensar antes em respostas imediatas para a crise humanitária. Estamos falando de fome, né? Vai muito além de ações de sustentabilidade. É o agora!”, concluiu.

 

Mais informações sobre o Juntas contra a fome

 

A campanha de arrecadação vai até junho. Se você puder, doe hoje a partir de R$ 10 reais no link e nos acompanhe para mais prestações de contas.