Mulheres e homens no mercado de trabalho: diferença salarial por gênero
A diferença salarial por gênero ainda é uma realidade no Brasil e no mundo Mulheres enfrentam muitos problemas dentro do ambiente corporativo, um deles é a desigualdade salarial. De acordo com os dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a partir de informações fornecidas pelo IBGE, entre 2013 a 2023, a equidade salarial entre […]
Publicado em 31 de julho de 2024
A diferença salarial por gênero ainda é uma realidade no Brasil e no mundo
Mulheres enfrentam muitos problemas dentro do ambiente corporativo, um deles é a desigualdade salarial. De acordo com os dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a partir de informações fornecidas pelo IBGE, entre 2013 a 2023, a equidade salarial entre homens e mulheres subiu de 72 para 78,7. Isso mostra que houve uma redução significativa da desigualdade salarial, entretanto, ainda não é o suficiente.
Apesar do avanço, a diferença ainda é muito grande entre cargos de média e alta gestão, principalmente no nível de diretoria. Nessa colocação, os homens chegam a ganhar 51% a mais que as mulheres. Em outras funções a discrepância é menor, mas ainda preocupante. Entre cargos de coordenação e supervisão, os homens ganham 31% a mais, o mesmo número se repete entre as colocações de gerência.
Essa falta de reconhecimento do trabalho por conta do gênero é ainda mais expressiva quando se analisa quais são as áreas mais ocupadas por mulheres. Mesmo a maioria das profissionais tendo escolaridade maior que os homens, elas estão predominantemente concentradas nas áreas operacionais. Atualmente, 77% dos cargos operacionais são ocupados por mulheres, contra 73% de homens.
Equidade apenas nos cargos não é o suficiente
Para que se alcance a verdadeira equidade, não basta apenas às empresas criarem formas de reduzir as barreiras para que mulheres assumam cargos de liderança. Esses mudanças precisam vir acompanhadas de ações que garantam a igualdade. As profissionais, ao chegarem nesses cargos, precisam ganhar o mesmo que seus colegados do sexo masculino. Se esse aspecto não muda junto, é como dar um passo para frente e três para trás.
É primordial a criação de mais medidas que acabem com a diferença salarial por gênero como, por exemplo, a lei número 14.611 assinada em 2023. A medida garante igualdade salarial entre homens e mulheres, estabelece ações para tornar a remuneração mais justa, aumenta a fiscalização contra discriminação de gênero e facilita processos legais em prol da igualdade salarial.
Com essa lei, as instituições com 100 funcionários ou mais agora precisam fornecer relatórios semestrais que mostrem, de forma transparente, informações sobre os critérios de remuneração utilizados e salários. O documento também deve conter informações que permitam os avaliadores a comparar salários entre homens e mulheres.
Esse é, sem dúvida, um passo importante em prol da igualdade salarial, mas ainda falta muito para chegarmos a um cenário ideal e 100% igualitário.