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Mulheres deixam de comprar produtos por falta de experiência voltada ao público feminino

Estudo realizado pela SoluCX mostra como a falta de personalização afeta o público feminino e a venda de produtos  No Brasil, as mulheres representam cerca de 51,5% da população, segundo o Censo 2022. Porém, o fato delas serem maioria não é sinônimo de igualdade e representatividade. Além de viverem em um cenário no qual ainda […]

Publicado em 13 de maio de 2024

Estudo realizado pela SoluCX mostra como a falta de personalização afeta o público feminino e a venda de produtos 

No Brasil, as mulheres representam cerca de 51,5% da população, segundo o Censo 2022. Porém, o fato delas serem maioria não é sinônimo de igualdade e representatividade. Além de viverem em um cenário no qual ainda é necessário debater sobre seus direitos básicos, elas também encontram problemas na hora de adquirir produtos ou serviços. 

Para 48,3% das consumidoras, houve uma série de más experiências na contratação de serviços ou na compra de produtos. Diante desse número, entende-se que a falta de personalização de experiências para as mulheres ainda é uma realidade em muitas companhias. Os números vêm da pesquisa feita pela SoluCX, empresa de soluções em Customer Experience (CX). 

O levantamento constatou que cerca de 53,2% das mulheres já deixaram de adquirir algum item por conta da falta de personalização para elas. Outras 78% consideram muito importante a presença de uma personalização específica para esse grupo. 

Nichos específicos do mercado ainda priorizam o público masculino 

Apesar do cenário, como um todo, ter evoluído, itens como cervejas, automóveis e videogames são vistos como produtos masculinos, principalmente porque o próprio marketing feito em cima dessas mercadorias reforça essa ideia. Um exemplo disso são as propagandas de cerveja com mulheres em roupas curtas ou de automóveis, onde estes, na maioria das vezes, são dirigidos por homens.

Segundo a pesquisa, 26% das mulheres acreditam que o setor automotivo é o que mais precisa de mudanças no sentido de oferecer uma experiência personalizada para elas. O mesmo levantamento mostrou que mesmo em nichos que são naturalmente voltados para os homens, já existe uma grande parcela de consumidoras.

É o caso de esportes em geral, videogames, cervejas e bebidas alcoólicas e mercado automotivo, que conta com 9%, 12%, 19% e 22% de clientes mulheres, respectivamente. 

Esses números, por si só, exaltam a necessidade de uma mudança nesse cenário.

O outro lado da moeda

Enquanto as mulheres continuam tendo dificuldades para encontrar produtos especificamente para elas em alguns setores, em outros nichos, principalmente em startups, a onda é outra. Muitos negócios nasceram nos últimos anos para equilibrar e trazer equidade no quesito experiência feminina. 

Atualmente, é comum encontrar aplicativos de caronas, prestadores de serviços de construção e carreto, e cursos profissionalizantes – como os ofertados pela Rede Mulher Empreendedora – voltados exclusivamente para o público feminino. Trata-se de um avanço, não só no quesito experiência, mas também de oportunidade. 

ARTIGO ESCRITO POR

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Formada em Comunicação Social - Jornalismo, atua como redatora há 8 anos, tendo trabalhado em diversos sites, como Streamings Brasil e Mega Curiosa. Apaixonada por shows, já cobriu vários espetáculos nacionais e internacionais. Atualmente Jéssica é Assistente de Comunicação na RME.

Jessica Naur Jornalista