Artigos

Home office, devido à crise da covid-19 foi, em grande parte, um mergulho arriscado

De acordo com uma pesquisa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil, 20,8 milhões de pessoas podem utilizar o home office, o que corresponde a 22,7% dos postos de trabalho.     Mas a imersão no home office, ou teletrabalho, devido à crise da covid-19 foi, em grande parte, um mergulho arriscado, […]

Publicado em 14 de setembro de 2020

De acordo com uma pesquisa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil, 20,8 milhões de pessoas podem utilizar o home office, o que corresponde a 22,7% dos postos de trabalho.

 

 

Mas a imersão no home office, ou teletrabalho, devido à crise da covid-19 foi, em grande parte, um mergulho arriscado, um tiro no escuro, basicamente. De um dia para outro, os trabalhadores começaram a abrir o laptop na mesa da sala de jantar, no quarto, na sacada, enquanto a vida doméstica continua acontecendo normalmente, ali do lado, no mesmo cômodo.

 

 

Foi uma mudança rápida e conturbada, e hoje, após seis meses de isolamento social, ainda estamos nos adaptando, é um processo árduo e dolorido. Você precisa ter competências profissionais e emocionais, ser auto gerenciável, separar trabalho e vida pessoal, não deixar que um influencie diretamente o outro.

 

 

Eu, por exemplo, tenho algumas ferramentas e rotina para que eu possa ser produtiva e me adaptar da melhor forma possível a essa nova realidade, ou seja, eu tenho horário para começar e parar de trabalhar, horário de almoço, por exemplo. Aqui em casa também fizemos um escritório e mantenho a porta fechada para não misturar vida profissional e pessoal.

 

 

A questão é que, estando em casa 100% do tempo, você se sente responsável por não deixar acumular roupa suja no cesto ou louça suja na pia, ao mesmo tempo em que tem que fazer reunião, responder email, enviar proposta.

 

 

Enfim, é uma rotina que fica mais pesada, é um looping infinito, é a tripla jornada, não é mesmo?

 

 

Abaixo listo algumas dicas básicas que você pode aplicar a sua realidade para deixar essa jornada mais leve (isso é válido para quem tem e quem não tem filhos): 

 

 

Crie uma rotina flexível

 

 

O primeiro passo é criar uma rotina e manter essa estrutura, ou seja, ter horários estabelecidos para dormir e fazer refeições, evitando possíveis interrupções durante o dia. Rotinas consistentes podem reduzir o estresse e a sensação de “impostor”. Por mais difícil que seja, lembre-se que, a rotina facilita o planejamento do seu dia – tanto trabalho, quanto casa – e ajuda no gerenciamento de tempo, evitando a sensação de “não fiz nada”, “o dia não rendeu”. 

 

 

Claro que, haverá momentos em que será preciso modificar a programação por causa de um feriado ou mais trabalho e, por isso, é recomendado manter flexibilidade na sua agenda. Às vezes as coisas saem um pouco do escopo – do plano – mas está tudo bem, não é só com você. O importante é entender como isso aconteceu e voltar ao plano inicial – não desista da rotina antes mesmo de tentar. 

 

 

Experimente distribuir seu tempo em blocos

 

 

Aqui você pode definir quanto tempo você terá para cada tarefa – seja pessoal ou profissional – use alguma ferramenta que te ajude a organizar isso, por exemplo, Google agenda, você pode colocar na sua agenda suas tarefas – isso ajuda – além de planejar reuniões, você consegue fazer lembretes como “hora do exercício”, “20 minutos de sol”, e assim por diante.

 

 

Outra dica é conciliar isso com o seu período produtivo, isto é, tem pessoas que são melhores no período da manhã, então separe esse período para trabalhar, ficar focada, desempenhar melhor suas tarefas. Se você é mais produtivo a tarde, oriente sua agenda pra esse horário.

 

 

Estabeleça prioridades

 

 

Tarefas inadiáveis têm preferência e, geralmente, são definidas por valores, princípios e objetivos. Depois de identificar tais compromissos, adicione-os ao seu calendário para que nada entre na frente deles.

 

 

 

 

Se dê uma folga

 

 

Até profissionais experientes em trabalhar no modelo home office podem ter dificuldades em lidar com suas responsabilidades profissionais e familiares. Então se dê uma folga de vez em quando.

 

 

O mesmo vale para o seu trabalho. Você provavelmente não será capaz de trabalhar por oito horas, fazer tudo o que gostaria como, por exemplo, ler um livro, ver série, fazer academia, cuidar das crianças, estudar etc. Mas tudo bem. Seja realista, não se preocupe com a perfeição e cuide do que puder, principalmente das prioridades. 

 

 

E você, já se adaptou ao home office? Como está a jornada tripla por aí?

 

 

Tânia Gomes Luz, é Conselheira e Estrategista de branding e digital, Founder da GirlBoss. Com mais de 10 anos de carreira, a profissional teve grandes cargos de destaque no meio empresarial, foi CEO da 33&34 Shoes, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS), Infracommerce, underDOGS, Maplink, entre outras. Atualmente, Tânia Gomes Luz não se limita apenas a gerenciar empresas. Além de empresária e palestrante, a profissional é Conselheira do Comitê de Inovação da Associação Comercial de São Paulo, Digital Branding Professor na Be Academy e Board Advisor, Living Lab MS. Entusiasta e pesquisadora nas áreas de branding, cultura digital e startups, ministra palestras pelo Brasil.