Artigos

Feminicida não é herói: campanha propõe fim de homenagens a assassinos de mulheres em espaços públicos de São Paulo

Uma nova campanha de mobilização social foi lançada para exigir que a cidade de São Paulo deixe de homenagear feminicidas em ruas, praças e avenidas. A iniciativa “Feminicida Não é Herói”, organizada por entidades como Instituto Pólis, Minha Sampa e a Bancada Feminista do PSOL, apoia o Projeto de Lei nº 483/2025, que propõe alterar […]

Publicado em 18 de junho de 2025

Uma nova campanha de mobilização social foi lançada para exigir que a cidade de São Paulo deixe de homenagear feminicidas em ruas, praças e avenidas. A iniciativa “Feminicida Não é Herói”, organizada por entidades como Instituto Pólis, Minha Sampa e a Bancada Feminista do PSOL, apoia o Projeto de Lei nº 483/2025, que propõe alterar a legislação municipal e proibir homenagens futuras a homens que cometeram crimes contra mulheres, além de reverter as já existentes.

Casos como os das ruas Peixoto Gomide e Moacir Piza, que homenageiam agressores responsáveis por assassinatos de mulheres, mostram a urgência dessa revisão histórica. 

Em 2024, São Paulo registrou 226 casos de feminicídio entre janeiro e novembro, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Levantamento feito pela GloboNews com base em dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

A proposta é inspirada no artigo “Vias sujas de sangue”, da historiadora Maíra Rosin, que propõe reavaliar a memória urbana e os nomes que ocupam nossos espaços públicos. Para os articuladores da campanha, manter esses tributos é perpetuar a violência de gênero e silenciar as vítimas.

Feminicídio é crime, não legado!

Dar nomes de ruas a assassinos de mulheres é legitimar a violência e ignorar a dor de tantas famílias. A cidade precisa refletir valores que promovam respeito, dignidade e igualdade de gênero. E isso começa pela forma como contamos nossa história.

A campanha “Feminicida Não é Herói” está com uma petição pública aberta para coletar assinaturas da sociedade civil. Para apoiar, acesse: www.feminicidanaoeheroi.org.

A Rede Mulher Empreendedora apoia esse movimento por justiça, memória e transformação. Porque nenhuma mulher deve ser esquecida. E nenhum feminicida deve ser celebrado.

Da Redação