Estudo pretende levantar dados sobre participação das mulheres no comércio exterior.
Estudo pretende levantar dados sobre os desafios decorrentes da pandemia de COVID – 19 e as barreiras para uma participação mais equitativa das mulheres no comércio exterior. O Grupo Banco Mundial, através de uma parceria entre a Oppen Social e a Rede Mulher Empreendedora, estão realizando um estudo sobre a participação das mulheres […]
Publicado em 30 de julho de 2021
Estudo pretende levantar dados sobre os desafios decorrentes da pandemia de COVID – 19 e as barreiras para uma participação mais equitativa das mulheres no comércio exterior.
O Grupo Banco Mundial, através de uma parceria entre a Oppen Social e a Rede Mulher Empreendedora, estão realizando um estudo sobre a participação das mulheres e a facilitação do comércio exterior no Brasil. O estudo pretende levantar dados sobre os desafios decorrentes da pandemia de COVID – 19 e as barreiras para uma participação mais equitativa das mulheres no comércio exterior. A partir desse estudo, será possível desenvolver iniciativas e políticas públicas relacionadas.
“Acredito firmemente que é muito importante aumentar a participação das mulheres no comércio internacional, porque a inserção de empresas lideradas por mulheres trará benefícios para toda a economia mundial, gerando renda, mais empregos, inovação e qualidade de vida. Há um grande esforço de governos e organismos internacionais como o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio-OMC, a UNCTAD- ITC , entre outros, em promover e estimular a maior participação de empreendedoras nas trocas internacionais e eliminar as barreiras ou possíveis dificuldades. Ambicionamos igualdade também no comércio internacional!” Adriana Rodrigues assessora em Relações Institucionais e Internacionais da Rede Mulher Empreendedora.
A importância dessa pesquisa
“Com este estudo será possível compreender os principais desafios decorrentes da pandemia de COVID-19 no âmbito de facilitação do comércio exterior no Brasil, e identificar as principais barreiras para a participação mais equitativa das mulheres na área. Com os resultados da pesquisa será possível subsidiar a formulação e desenvolvimento de iniciativas e políticas públicas relacionadas ao tema.” Alina Ronceti pesquisadora da Oppen Social.
A pesquisa já na fase final da realização de entrevistas com Agentes Aduaneiros e Gestores/as de empresas que atuam no ramo de importação e exportação aqui no Brasil. Até o momento já foram realizadas mais de 1500 entrevistas, e a expectativa é chegar aos 2000 entrevistados/as. Com o encerramento das entrevistas, o próximo passo será a análise dos resultados, com o apoio da RME e validação do Banco Mundial.
A iniciativa tem como objetivo promover a facilitação do comércio exterior brasileiro e integra o programa de cooperação do Banco Mundial com o Comitê Nacional de Facilitação do Comércio (CONFAC), com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e com a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB).
Como iniciar a exportação
Para iniciar a exportação é muito importante conhecer os mercados potenciais para seus produtos, analisando a demanda, o público-alvo, entendendo os hábitos de compra e os canais de comercialização, que podem ser diferentes dos usualmente adotados no Brasil. Muitas vezes são necessárias adaptações no produto ou embalagem, ou seja, é um novo processo e um novo aprendizado, que vale muito a pena, porque a empresa se qualifica, tende a inovar mais e a ser mais competitiva, porque deixa de concorrer somente no Brasil e passa a atuar em outros países.
Com o comércio eletrônico, as trocas comerciais ficaram mais rápidas e mais acessíveis. Mas o planejamento para exportar é muito importante: não importa o tamanho do seu negócio!
Rede Mulher Empreendedora e ações de apoio em comércio exterior
Em 2015 e 2017, a RME apoiou o Mulheres na Exportação, programa da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), através de iniciativas de sensibilização, capacitação e promoção de negócios internacionais para empresas lideradas por mulheres. Alguns de nosso números:
- 1.360 empresas sensibilizadas para exportação em 2016
- 401 empresas lideradas por mulheres participaram de ações de qualificação para exportação
- 47 empresas participaram de 196 reuniões de negócios com 8 tradings e 7 compradores estrangeiros. O resultado foi de US$ 7,8 milhões em novos negócios.
- 750 mentorias sobre exportações no Fórum 2016
Sobre a Adriana Rodrigues
Formada em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, fez estágio no Ministério das Relações Exteriores, no Departamento de Promoção Comercial de produtos e serviços brasileiros no exterior. Recém- formada, foi trabalhar no Banco Real, na área de comércio exterior, no financiamento de operações de exportação e importação. Fez mestrado nos Estados Unidos em gestão internacional, se especializou em marketing e trabalhou em empresas de bens de consumo no Brasil e na Argentina. Na Apex-Brasil, trabalhou durante 16 anos, nas áreas de inteligência comercial, capacitação, promoção e apoio a empresas que queriam exportar, principalmente aquelas com diferenciais em inovação, sustentabilidade e as lideradas por mulheres. Coordenou o Projeto Mulheres na Exportação, que incentivou as empreendedoras a exportar seus produtos e serviços, com capacitações, rodadas de negócios, missões, etc.Faz parte da Rede Mulher Empreendedora desde 2018, apoiando como assessora em Relações Institucionais e Internacionais e à disposição das nossas empreendedoras que pretendam desbravar mercados também fora do Brasil!
Sobre a Alina Ronceti
Formada em Ciências Sociais e desde a graduação tem contato com pesquisa. Em 2017 começou a trabalhar na Oppen Social como pesquisadora. Com o tempo, passou a se envolver não só com a realização das pesquisas, mas também com toda a parte operacional e estratégica para realização dos levantamentos em larga escala. No momento, seu foco está em pesquisas de cunho social, para avaliação de políticas públicas e projetos sociais.