Artigos

DOR PESSOAL: A CHAVE PARA UMA STARTUP DE SUCESSO

*Por Joaquim Venancio   Você já se pegou observando algum pequeno processo do dia a dia e pensou de que forma poderia torná-lo mais rápido, confortável, prático ou até seguro? Esse tipo de reflexão, as chamadas “dores pessoais”, podem ser a chave para ideias que darão origem a startups de sucesso.   Infelizmente, muitos empreendedores […]

Publicado em 10 de julho de 2019

*Por Joaquim Venancio

 

Você já se pegou observando algum pequeno processo do dia a dia e pensou de que forma poderia torná-lo mais rápido, confortável, prático ou até seguro? Esse tipo de reflexão, as chamadas “dores pessoais”, podem ser a chave para ideias que darão origem a startups de sucesso.

 

Infelizmente, muitos empreendedores não partem desse princípio. Muitos pensam na solução em si, antes de pensar no problema que gostariam de resolver. O resultado disso: nem sempre aquela solução poderá ser validada pelas necessidades do mercado em que está envolvida. Em alguns casos, já existem outras ideias que resolveram o problema e surgiram antes, em outros; os consumidores não enxergam o produto ou solução como a melhor forma de resolver aquela questão, ou por último, o problema sequer existe.

 

No estudo “The Top 20 reasons startups die”, divulgada pela consultoria americana CB Insights, 42% das empresas analisadas não sobreviveram pois, apesar de terem uma solução, não tinham um problema real para resolver. O panorama, avaliou 101 startups e identificou a “não necessidade” de um produto inovador como a grande razão para a morte dessas companhias.

 

Ainda assim, encontrar um “problema” de mercado nem sempre é fácil. Por isso, partir de uma dor pessoal pode ser um bom caminho a se seguir. Foi o que aconteceu conosco. Todos os sábados eu precisava levantar cedo da cama para atender o interfone e liberar a entrada da diarista. Eu já tinha uma fechadura digital e poderia abrir a porta pelo app, mas precisava encontrar também uma forma de controlar a entrada e saída das pessoas sem que precisasse ser incomodado pelo interfone.

 

Era o mesmo problema encontrado pelo meu futuro sócio, Alexandre Landim, que precisava ir à portaria quase diariamente para ter informações sobre a chegada de encomendas e correspondências. Em muitas vezes, ele perdia a viagem já que não tinham pacotes a sua espera. Contei a minha ideia para ele e pensamos: por que não criar algo digital para substituir o interfone e resolver esses dois problemas? Nascia ali a Noknox.

 

Esse é um exemplo, porém existem diversos no mercado, nos mais variados segmentos! Mas, como saber se o problema que se tem é, de fato, um problema bom o suficiente para atrair valor de mercado? É preciso, inicialmente, validar sua ideia.

 

Basear-se em achismos é outro hábito que pode levar muitos empreendedores ao erro. Ao ter um negócio baseado na sua dor pessoal, é preciso criar hipóteses, ouvir a opinião de terceiros, identificar padrões e depois entender se há espaço para essa solução no mercado.

 

Em resumo, uma boa ideia precisa ser validada para ter valor. Tenha uma boa ideia, valide-a, descubra se há um lugar para ela perante a concorrência, e você terá um bom caminho rumo ao sucesso como empreendedor!

 

*Joaquim Venancio é CEO e fundador da Noknox, uma plataforma que tem como objetivo conectar pessoas aos seus lares e locais de trabalho unindo praticidade, segurança e conforto.