Como organizar o negócio para encerrar o ano no azul

O primeiro semestre do ano chegou oficialmente ao fim. E com isso, o prazo para colocar em prática ideias para prosperar o negócio ainda em 2025 também ficou mais curto.

Nesse cenário, o desafio para empreendedores está em manter ativas as estratégias bem-sucedidas aplicadas ao longo do ano, enquanto também buscam um equilíbrio nas contas, especialmente em uma temporada cheia de datas comemorativas e alta nas vendas, para que seja possível encerrar o ano no azul.

De acordo com Igor Senra, CEO e fundador da fintech Cora, de soluções financeiras para PMEs, o segundo semestre representa uma oportunidade estratégica para pequenas empresas reavaliarem sua saúde financeira, antes do final do exercício.

Isso acontece, entre outras razões, pela maior previsibilidade de receitas, já que no início do ano, é difícil estimar custos, gastos e ganhos, mesmo com projeções realistas. “Os últimos seis meses do ano são uma excelente oportunidade para dar mais clareza e organização à gestão do negócio. Um bom início é revisar os indicadores-chave definidos lá no começo do ano — como receita, margem de contribuição e fluxo de caixa — e confrontar com os resultados atuais”, diz.

“O segundo semestre tende a ser mais intenso. De forma geral, ele tem três grandes diferenças em relação ao primeiro: sazonalidade, fechamento contábil e dinâmica de crédito”, alerta.

Para evitar erros e aproveitar os últimos seis meses do ano para garantir um balanço orçamentário positivo e também que sua PME esteja preparada para um novo ciclo de crescimento, é essencial que os microempreendedores e pequenas empresas avaliem de perto indicadores financeiros do negócio e programem o pagamento de despesas obrigatórias, com base no calendário fiscal e em datas comemorativas que representam oportunidades de venda no período, recomenda Senra.

Veja mais dicas do especialista sobre o tema:

Estratégias para implementar no segundo semestre para encerrar o ano no azul

1. Faça planos com base no calendário fiscal

 Segundo Senra, é fundamental se antecipar ao calendário fiscal e cumprir com as obrigações e tributos com vencimento tipicamente no último trimestre, como por exemplo o pagamento de 13° salário de funcionários. “Planejar agora significa evitar sufoco lá na frente”, diz.

O período também pede por uma organização financeira com intuito de antecipar balanços financeiros e contábeis para o fim do ano.

2. Considere as datas comemorativas

A ocorrência de diversas datas sazonais e comemorativas tornam o segundo semestre um terreno fértil para empreendedores que buscam otimizar a operação e aproveitar o pico das vendas de fim de ano.

Aproveitar o período para lançar promoções estratégicas e tirar proveito do maior volume de vendas em momentos como Black Friday e Natal, por exemplo, pode facilitar a rotatividade de produtos em estoque e um ganho de capital de giro para os meses seguintes.

3. Atenção ao pedir empréstimos

O mercado de crédito, no terceiro trimestre, apresenta uma dinâmica diferente, dada a proximidade do encerramento do exercício fiscal. Senra alerta para mudanças em indicadores econômicos como a taxa Selic, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que podem alterar o custo e a disponibilidade de crédito.

“Fazer contratações de crédito estratégicas logo no início do segundo semestre pode garantir melhores condições, antes dos reajustes de mercado”, aconselha.

4. Avalie a saúde do negócio

Este é o momento ideal para se voltar ao fechamento contábil e começar a estruturar as finanças para o ano que se aproxima, negociando dívidas em aberto em busca de melhores prazos e descontos, por exemplo. “Isso é mais fácil quando o caixa está sob controle e a gestão demonstra organização”, avalia.

“Avaliar a saúde financeira agora é uma forma de ganhar controle sobre o destino do seu negócio. Ao identificar possíveis desvios de rota antes de dezembro, o empreendedor consegue agir de forma mais assertiva e evitar situações difíceis”, afirma.

5. Automatize a gestão financeira

A tecnologia é uma importante aliada na jornada empreendedora, Com o auxílio de ferramentas variadas, pequenos negócios podem automatizar funções operacionais e financeiras, como a emissão de boletos e conciliação, liberando tempo e criatividade dos times para elaborar estratégias de médio e longo prazo. Senra cita as ferramentas que educam e informam, como notificações de vencimento e dicas de uso de crédito, porque atuam como “aconselhamentos financeiros” no dia a dia, além da centralização de boletos e notas fiscais e a reconciliação financeira. “Com essas ferramentas, a tomada de decisão se torna mais prática e precisa”, diz.

6. Preveja o fluxo de caixa

Outra boa prática é projetar o fluxo de caixa até dezembro, considerando os pagamentos fixos como fornecedores, férias da equipe e feriados, ele indica. Paralelamente, recomenda-se criar uma reserva de liquidez para lidar com imprevistos.

Parceria Rede Mulher Empreendedora e Estímulo

Olhando para toda a história do Estímulo, o fundo já passa de R$342 milhões em apoio financeiro para mais de 5,5 mil pequenos negócios de todo país, sendo 91% deles em regiões de baixa renda e 54% com mulheres em seu quadro societário. Destes, 36% tiveram acesso a crédito pela primeira vez. Ao todo, são 55 mil empregos impactados, gerando renda e prosperidade para os colaboradores, suas famílias e a comunidade em geral. O Estímulo registra ainda outros 194 mil empreendedores cadastrados com acesso à toda capacitação, seja em cursos, mentorias ou consultorias.

A Rede Mulher Empreendedora é parceira de crédito e capacitação do fundo de impacto Estímulo, desde a sua fundação em 2020. Caso tenha interesse em pedir apoio financeiro para seu negócio, visite o site estimulo2020.org, confira as condições e receba o depósito em até 5 dias direto na sua conta PJ (sujeito à análise de crédito).