Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha: desafios e força das empreendedoras no Brasil

No dia 25 de julho, celebramos o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, uma data essencial para reconhecer a força, a resistência e o impacto das mulheres negras na sociedade, especialmente no campo do empreendedorismo feminino.

Para marcar este momento, nós, do Instituto RME e da Rede Mulher Empreendedora, divulgamos a pesquisa inédita “Empreendedoras Negras”, que traz dados importantes sobre os desafios enfrentados por mulheres negras empreendedoras no Brasil. O estudo também evidencia o protagonismo, a resiliência e o papel fundamental dessas mulheres na construção de uma economia mais justa e inclusiva.

Mulheres negras empreendedoras: dados que revelam realidades e urgências

A pesquisa foi realizada com mulheres negras de todas as regiões do país e nos ajuda a compreender com mais profundidade a realidade do empreendedorismo feminino negro. Em muitos casos, empreender é a única alternativa à exclusão do mercado formal, e essas mulheres têm mostrado, dia após dia, sua capacidade de transformar desafios em soluções criativas e sustentáveis.

Entre os dados revelados:

• Quase metade das empreendedoras negras fatura até R$ 2 mil por mês;
• Mais de 60% atuam sozinhas, sem equipe ou suporte;
• As principais dificuldades enfrentadas incluem:
  • Sobrecarga com trabalho doméstico;
  • Acesso restrito a crédito;
  • Racismo estrutural.

O estudo também aponta que mulheres pretas relatam mais episódios de discriminação racial no ambiente de trabalho do que mulheres pardas, além de enfrentarem maiores dificuldades para obter crédito, mesmo com um bom nível de escolaridade: 58% têm ensino superior completo.

Setores de atuação e caminhos para o fortalecimento

As empreendedoras negras estão presentes principalmente nos setores de:

• Alimentação
• Beleza
• Consultoria

Apesar da força, da criatividade e do potencial inovador dos seus negócios, ainda falta suporte para que essas mulheres possam escalar, conquistar sustentabilidade financeira e ampliar seu impacto.

25 de julho: uma data para refletir e agir

Neste 25 de julho, nossa pesquisa é um convite à reflexão sobre as barreiras invisíveis que sustentam a desigualdade racial e de gênero no empreendedorismo brasileiro. Também é um chamado à ação: é hora de valorizar, apoiar e fortalecer o empreendedorismo feminino negro, reconhecendo sua relevância para o crescimento econômico e para a transformação social do Brasil.

Acesse em bit.ly/empreendedorasnegras

Da Redação