Inovação possível: grande impacto em pequenos passos
Se você acredita que a inovação depende necessariamente de tecnologia de ponta, ou que, para inovar de verdade, é preciso grandes volumes de dinheiro, precisamos conversar. Me acompanhe aqui
Publicado em 5 de setembro de 2022
O sucesso de todos os negócios depende da inovação – para uma empresa sobreviver, permanecer relevante e crescer, a inovação é o caminho. No entanto, ainda é comum a crença de que a inovação é uma habilidade exclusiva de gênios criativos, ou que, para
inovar, são necessários tecnologia de ponta e investimentos financeiros robustos. Mitos como esses distanciam líderes e times da cultura de inovação, o que acaba tendo impacto direto no desempenho das pessoas e no resultado das empresas.
É importante que você entenda que inovação não é um fim, mas sim um meio. Seu objetivo maior não deve ser a inovação em si, mas atender a necessidades e anseios reais e gerar valor percebido pelas pessoas. Para gerar valor, a inovação é o meio.
Na prática, a inovação é movida por dois passos simples que você pode dar agora mesmo: 1) estar atento a oportunidades de melhoria e; 2) experimentar novas formas de fazer.
Primeiramente, se aproxime, observe e escute seu usuário ou cliente de forma ativa. Deixe de lado suas certezas e abra espaço para aprender sobre e com as pessoas – sim, me refiro à famosa empatia, aquela que muita gente fala, mas, na prática, vemos pouco por aí. Ative o seu radar para perceber as oportunidades de melhoria que pairam à sua volta o tempo todo, por menores que sejam. Acredite, é só uma questão de refinar o olhar.
Percebeu uma oportunidade de melhoria? Ótimo. Agora deixe de lado esse medo de errar que habita em você e experimente o novo, o fazer diferente. Mas experimente de forma simples, com os recursos que você tem à mão. Provavelmente você não irá acertar de primeira, por isso o lema aqui é errar rápido e barato para ajustar a rota e chegar mais rapidamente a uma solução promissora. Acredite, a jornada de inovação acontece assim, mesmo nas grandes e renomadas empresas: de teste em teste, de erro em erro, de ajuste em ajuste.
É isso que eu chamo de cultura de inovação: quando, numa empresa, faz parte do dia a dia das pessoas questionar, identificar pequenas oportunidades de melhoria e experimentar novas formas de fazer. São esses pequenos passos que, quando somados, tem um impacto gigantesco no resultado das organizações.
Eu insisto e não me canso de afirmar: inovação é para todos, e deve emergir de todo lugar. Precisamos reaprender a solucionar problemas com simplicidade, mão na massa, olhos nos olhos e criatividade. Ajustar o olhar para detectar as oportunidades que pairam a nossa volta e experimentar constantemente novas formas de fazer – inovação e sobre isso. Não é um fenômeno tecnológico, mas sim um fenômeno humano. O capital humano é a matéria-prima da inovação, logo, onde há pessoas há oportunidade para fazer a inovação acontecer.