Neo Química abre inscrições para programa de aceleração de negócios sociais voltados para a longevidade
Em sua segunda edição, Neo Acelera busca negócios que geram impacto social e possam ganhar escala. Inscrições vão até 12 de julho. A iniciativa, em parceria com Yunus Negócios Sociais, também prevê possibilidade de premiação de R$ 150 mil para um dos selecionados São Paulo, junho de 2020 – Estão abertas as inscrições para […]
Publicado em 26 de junho de 2020
Em sua segunda edição, Neo Acelera busca negócios que geram impacto social e possam ganhar escala. Inscrições vão até 12 de julho. A iniciativa, em parceria com Yunus Negócios Sociais, também prevê possibilidade de premiação de R$ 150 mil para um dos selecionados
São Paulo, junho de 2020 – Estão abertas as inscrições para a segunda edição da Neo Acelera, programa de aceleração da Neo Química, marca líder nas categorias de genéricos e similares em que está presente. Com o tema “Longevidade Ativa”, apoiará negócios sociais voltados para os desafios da maturidade, que já impactem seu público alvo e tenham potencial para ganhar escala. As inscrições podem ser feitas até 12 de julho pelo site https://www.neoacelera.com.br/.
Após a primeira edição da Neo Acelera em 2019, com foco em atenção primária à saúde, a marca iniciou, ainda no ano passado, a discussão para escolha do tema de 2020, escolhido com base no cenário demográfico, econômico e social no país.
“Escolhemos o tema da longevidade ainda antes da pandemia, e sua relevância ficou ainda mais clara para nós após os últimos acontecimentos. A população madura já era um grupo social carente de soluções específicas para as suas necessidades e essa questão se intensificou por ser, esse grupo, o que sente com maior intensidade os impactos da doença, afirma Natalia Niro, gerente executiva da Neo Química. “Seguiremos buscando negócios sociais que tragam inovações e soluções reais para os principais desafios enfrentados por uma sociedade que é cada vez mais longeva e desigual e por este segmento da sociedade que luta para ter reconhecimento, atenção e cuidado, envolvendo também as suas redes de apoio”.
As soluções das startups devem estar relacionadas aos seguintes temas, dentro do conceito de Longevidade Ativa: Aprendizagem ao longo da vida; Ocupação e vida profissional; Planejamento financeiro e saúde financeira; Mobilidade e autonomia; Movimentação e segurança; Gestão integrada da saúde; Cuidado e acompanhamento pessoal; Mente ativa e saudável; e Cuidados com o fim da vida.
A iniciativa promoverá a capacitação dos empreendedores por três meses, abrangendo três bootcamps online, conexão com mentores da Neo Química e especialistas do mercado e acompanhamento semanal da equipe da Yunus Negócios Sociais para o desenvolvimento de soluções relevantes para o público 60+. Ao final, um dos empreendimentos poderá receber um aporte de até R$ 150 mil para aumentar o impacto do seu negócio.
O programa de aceleração da Neo Química reforça o posicionamento da marca – A saúde de todos é a nossa vocação – e o propósito de ajudar a garantir o direito à saúde de todo brasileiro, por meio da promoção de relações potentes que auxiliem, acelerem e potencializem a saúde no Brasil. A iniciativa é desenvolvida em parceria com Yunus Negócios Sociais, com apoio da Pipe.Social e da consultoria Hype60+.
Em 2019, a Neo Acelera abordou a atenção primária à saúde, com a participação de oito negócios. O UPSaúde Health Tech, aplicativo criado por empreendedores da Paraíba, foi escolhido para receber o investimento em dinheiro. Além disso, outra startup, a Oriente-me, tornou-se parceira da marca, por meio de atuação pela plataforma NeoPharma.
Longevidade no Brasil
A geração prateada no mundo cresce 3% ao ano, mais do que qualquer outro grupo de pessoas. A população brasileira com mais de 60 anos já chega a cerca de 30 milhões. O Brasil é um dos países com o envelhecimento populacional mais acelerado do mundo. Em 32 anos, será o sexto com maior parcela da população 60+, devendo chegar a 67 milhões, à frente de todos os países em desenvolvimento.
Por outro lado, este público movimenta US$ 15 trilhões por ano globalmente. É a terceira maior atividade econômica do mundo. No Brasil, representa quase 20% do consumo: cerca de R$ 1,6 trilhão/ano. No entanto, essas condições se apresentam de forma desequilibrada.
De acordo com o Fórum Internacional da Longevidade, as desigualdades sociais se acentuam com o envelhecimento. Gênero, raça/cor da pele, nível educacional e condição social são determinantes na construção da longevidade saudável. Necessidades não atendidas ao longo da vida, limitações de acesso e exclusão continuada sofrem um efeito acumulativo que se amplifica na velhice. Isso se reflete em índices desequilibrados de esperança média de vida ou de capacidade funcional.
“Sabemos que iniciativas para uma longevidade ativa intrinsecamente significam uma oportunidade de impacto social, já que estamos falando de uma população esquecida em termos de oportunidade e inovação. Com o programa de aceleração deste ano, queremos ir além e endereçar os desafios da longevidade na base da pirâmide. Quais são os principais desafios dos longevos nesse contexto? Como garantir igualdade de acesso a produtos e serviços, para que todos tenham a oportunidade de uma velhice saudável e ativa? É um desafio contundente, mas é onde focamos aqui na Yunus Negócios Sociais”, afirma Túlio Notini, diretor da unidade de Corporate da instituição no país.
“A longevidade é uma grande oportunidade de negócio e de impacto social no Brasil. De um lado, temos um grande número de brasileiros acima dos 60 anos, ativos, com renda e usuários de tecnologia, com muita vida pela frente; do outro, um leque de desafios ainda não atendidos. Negócios inovadores estão surgindo a cada dia para solucionar esses problemas e temos uma possibilidade de visibilidade não só nacional, mas também global na corrida pela atenção dos maduros. Ouso dizer que esse não é apenas um mercado, mas o mercado do futuro”, ressalta Layla Vallias, consultora na Hype60+ e uma das coordenadoras da pesquisa Tsunami 60+.
Mariana Fonseca, futuróloga, cofundadora da Pipe.Social e também uma das coordenadoras do estudo Tsunami60+ destaca: “Envelhecer é uma novidade. Por mais que a frase possa remeter a uma contradição, estamos vivendo mais do que o esperado; encontrando desafios nunca enfrentados e mudando paradigmas sobre a idade. É necessário mudar o mindset e dar luz às pessoas que passaram dos 60, 70, 80, 90, 100 anos. São elas que vão nos ensinar sobre os desafios e demandas não atendidas de uma população cada vez mais longeva. O futuro é velho”.